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pessoa com várias habilidades para serem selecionadas

Valorização das habilidades técnicas e comportamentais: além da formação acadêmica

Durante décadas, o diploma acadêmico foi visto como o principal passaporte para o mercado de trabalho. Porém, a realidade mudou. Hoje, empresas de diferentes portes e segmentos estão priorizando competências técnicas (hard skills) e habilidades comportamentais (soft skills), que se mostram mais decisivas para o sucesso de uma contratação do que a formação tradicional.

O novo peso das habilidades no mercado de trabalho

Um estudo global da LinkedIn Learning (2024) revelou que 89% dos recrutadores afirmam que, quando uma contratação não dá certo, o motivo está mais ligado ao comportamento do colaborador do que às suas habilidades técnicas ou formação acadêmica.
Outro dado relevante vem do relatório Future of Jobs, do Fórum Econômico Mundial (2023), que aponta que 44% das habilidades necessárias para os trabalhadores mudarão até 2027, com destaque para competências como pensamento analítico, resiliência, inteligência emocional e adaptabilidade.

Isso mostra que, mais do que um diploma, o mercado busca profissionais que unam capacidade técnica com comportamento alinhado à cultura organizacional.

Hard skills: base para a execução

As habilidades técnicas continuam sendo indispensáveis. Elas representam o conhecimento específico para desempenhar determinada função — seja programar em Python, interpretar dados financeiros ou operar um software de gestão.

Exemplos de hard skills em alta no Brasil, segundo o relatório Robert Half 2025, incluem:

  • Análise de dados e business intelligence;

  • Cibersegurança e proteção de dados;

  • Gestão de projetos ágeis (Scrum, Kanban);

  • Domínio de softwares de automação e inteligência artificial;

  • Fluência em inglês e espanhol.

Essas competências são mensuráveis e podem ser comprovadas por meio de testes, certificações e experiência prática.

O sistema de ponto digital garante registros seguros, em conformidade com a CLT e Portaria 671.

Soft skills: o diferencial competitivo

Se as hard skills habilitam um profissional a executar, as soft skills garantem que ele lidere, colabore e cresça dentro da organização.
Elas englobam desde a comunicação até a inteligência emocional, sendo cada vez mais valorizadas pelas empresas.

Entre as mais demandadas hoje estão:

  • Trabalho em equipe e colaboração;

  • Flexibilidade e adaptabilidade a novos cenários;

  • Criatividade e inovação;

  • Gestão do tempo e priorização de tarefas;

  • Resolução de conflitos e negociação;

  • Pensamento crítico para tomada de decisão.

Uma pesquisa do McKinsey Global Institute (2023) destacou que a demanda por habilidades socioemocionais crescerá 30% até 2030. Ou seja: quem domina essas competências terá um diferencial duradouro.

O diploma ainda tem valor?

Sim, mas ele deixou de ser suficiente. A formação acadêmica continua sendo importante em áreas que exigem regulamentação profissional (direito, medicina, engenharia), mas em outros setores ela passou a ser um critério complementar.

Hoje, empresas valorizam formações continuadas, como cursos rápidos, certificações técnicas e especializações, que demonstram atualização constante. Plataformas como Coursera, Udemy e Alura vêm ganhando espaço por oferecerem aprendizado acessível e alinhado às tendências do mercado.

O impacto na gestão de pessoas

Para os líderes de RH e gestores, essa mudança exige uma revisão de práticas:

  • Processos seletivos mais focados em testes práticos e dinâmicas de grupo do que apenas em currículos;

  • Planos de desenvolvimento individual (PDI) que combinem treinamentos técnicos e comportamentais;

  • Cultura organizacional que valorize aprendizado contínuo e feedbacks;

  • Sistemas de avaliação que considerem competências, entregas e alinhamento cultural.

Além disso, soluções digitais — como softwares de gestão de ponto e plataformas de controle de desempenho — ajudam a monitorar não só a presença, mas também indicadores de engajamento, produtividade e colaboração.

Como os profissionais podem se preparar

  1. Equilibrar estudo formal e prático: buscar certificações e treinamentos atualizados.

  2. Desenvolver inteligência emocional: treinar autoconhecimento, empatia e resiliência.

  3. Aprender continuamente: dedicar horas semanais para atualizar habilidades técnicas.

  4. Investir em networking: a troca com outros profissionais acelera o aprendizado.

  5. Buscar feedbacks: ajustar comportamentos com base em avaliações construtivas.

Conclusão

A valorização das habilidades técnicas e comportamentais está superando o peso exclusivo da formação acadêmica. O mercado quer profissionais capazes de aprender, se adaptar e colaborar, além de dominar competências práticas.
Para empresas, essa mudança exige mais flexibilidade na gestão de talentos; para profissionais, significa que aprender nunca foi tão essencial.

Reduza erros, evite passivos trabalhistas e tenha mais transparência no dia a dia.

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