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Fiscal do trabalho em visita de uma empresa

Fiscalização do Ministério do Trabalho: Penalidades e Multas pelo Controle Inadequado da Jornada

A gestão da jornada de trabalho é um dos pontos mais sensíveis da legislação trabalhista brasileira. O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), junto à Justiça do Trabalho, mantém regras rígidas sobre como as empresas devem registrar e comprovar a jornada de seus colaboradores.

Ignorar essas normas ou adotar controles inadequados pode trazer sérias consequências: desde multas administrativas até processos trabalhistas milionários.

Neste artigo, você vai entender:

  • Como funcionam as fiscalizações do MTE;

  • Quais documentos são analisados;

  • Quais as principais irregularidades encontradas;

  • As multas e penalidades aplicadas;

  • Como sua empresa pode se proteger.

Como funcionam as fiscalizações do Ministério do Trabalho

As fiscalizações do MTE podem ocorrer de três formas principais:

  1. Rotina programada – visitas periódicas dos auditores fiscais a empresas de diferentes setores.

  2. Denúncia de colaboradores ou sindicatos – quando há suspeita de irregularidades.

  3. Ações específicas – como fiscalizações voltadas a determinados setores ou campanhas nacionais (ex.: combate ao trabalho escravo).

Durante a auditoria, os fiscais verificam se a empresa cumpre as normas da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), portarias complementares como a Portaria 671/2021, e se mantém registros adequados da jornada.

Quais documentos são analisados

Os fiscais do trabalho geralmente solicitam:

  • Folha de ponto (manual, mecânica, eletrônica ou digital, desde que regulamentada);

  • Folha de pagamento e recibos;

  • Contratos de trabalho e acordos coletivos;

  • Escalas de trabalho e registros de horas extras;

  • AFD (Arquivo Fonte de Dados) dos registradores eletrônicos de ponto;

  • Relatórios emitidos por softwares de controle de jornada.

Empresas que não mantêm essa documentação organizada e disponível correm maior risco de autuação.

Principais irregularidades encontradas

Segundo dados do próprio MTE, os erros mais comuns são:

  • Ausência de registro de ponto para empresas com mais de 20 colaboradores (obrigatório por lei).

  • Controles manuais imprecisos (como planilhas ou folhas avulsas).

  • Horas extras não registradas ou não pagas corretamente.

  • Jornadas excessivas sem concessão de intervalos obrigatórios.

  • Fraudes no ponto, como a marcação por terceiros.

  • Descumprimento da Portaria 671/2021, que define critérios para sistemas de ponto eletrônico.

Com o sistema de ponto da Ponto Tecnologia, sua empresa garante conformidade com a CLT e Portaria 671/2021. Registros seguros, relatórios completos e proteção contra autuações.

Penalidades aplicadas

Quando identificadas irregularidades, a empresa pode sofrer diferentes consequências:

🔹 Multas administrativas

  • O valor varia conforme a infração, podendo ultrapassar R$ 7.000,00 por ocorrência.

  • Em casos reincidentes, os valores podem ser multiplicados.

🔹 Processos trabalhistas

  • Funcionários podem ingressar com ações para cobrar diferenças de horas extras, adicionais e indenizações.

  • Em média, as empresas brasileiras gastam cerca de R$ 160 bilhões por ano com ações trabalhistas (Fonte: Justiça do Trabalho).

🔹 Passivos ocultos

  • Multas, indenizações e encargos sociais acumulados podem comprometer seriamente a saúde financeira do negócio.

🔹 Danos à reputação

  • Empresas autuadas perdem credibilidade no mercado e podem ter dificuldade em atrair talentos.

Exemplos de multas relacionadas ao controle de jornada

  • Não registrar o ponto de funcionários – multa que varia entre R$ 402,53 e R$ 4.025,33 por empregado (Art. 74 da CLT).

  • Descumprir normas sobre horas extras – multa de R$ 170,26 por colaborador em situação irregular.

  • Não concessão de intervalos intrajornada – pagamento como hora extra + multa administrativa.

  • Inadequação ao uso de REP (Registrador Eletrônico de Ponto) – multas que podem chegar a mais de R$ 7 mil.

Como sua empresa pode se proteger

Para evitar multas e garantir tranquilidade durante uma fiscalização, algumas boas práticas são fundamentais:

  1. Adote um sistema de ponto digital confiável – preferencialmente homologado e em conformidade com a Portaria 671/2021.

  2. Mantenha relatórios organizados – guarde todos os registros em nuvem e tenha backups automáticos.

  3. Integre o controle de ponto à folha de pagamento – isso reduz erros e garante precisão nos cálculos.

  4. Monitore escalas e intervalos – o sistema deve alertar sobre possíveis excessos de jornada.

  5. Treine gestores e RH – para interpretar corretamente a legislação e prevenir falhas.

  6. Transparência com colaboradores – permita que todos tenham acesso ao seu banco de horas e registros.

O papel da tecnologia no cumprimento da lei

Empresas modernas utilizam sistemas de controle de ponto online, que oferecem:

  • Registro via biometria, reconhecimento facial ou aplicativo mobile com geolocalização.

  • Armazenamento em nuvem, evitando perda de dados.

  • Relatórios completos e prontos para auditorias.

  • Conformidade automática com CLT, Portaria 671/2021 e LGPD.

Com soluções como essas, a empresa não só evita multas, mas também ganha eficiência e segurança jurídica.

Conclusão

A fiscalização trabalhista é uma realidade para empresas de todos os portes. O controle inadequado da jornada pode gerar multas pesadas, processos trabalhistas e comprometer a reputação da organização.

Investir em um sistema de ponto moderno é, portanto, mais do que uma medida de gestão: é uma proteção estratégica contra riscos legais e financeiros.

Na Ponto Tecnologia, oferecemos soluções completas em gestão de ponto e controle de acesso, que garantem conformidade legal e tranquilidade para o seu negócio.

Evite multas, processos e passivos trabalhistas. Conte com um sistema de ponto moderno, integrado e 100% em conformidade legal.

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