A nova redação da NR-1, que estabelece diretrizes gerais para saúde e segurança no trabalho (SST), teve sua obrigatoriedade adiada para janeiro de 2026. Mas, engana-se quem pensa que isso dá margem para esperar. As mudanças propostas sinalizam um movimento inevitável rumo a uma gestão mais estruturada de riscos ocupacionais — e quem não se antecipar pode já estar exposto a passivos trabalhistas sérios.
Neste artigo, vamos entender o que muda com a nova NR-1, quais riscos já afetam as empresas hoje e como a tecnologia, como os sistemas de controle de acesso e gestão de ponto, pode ser aliada essencial nesse cenário.
O Que é a Nova NR-1?
A Norma Regulamentadora nº 1 trata das disposições gerais sobre segurança e saúde no trabalho e está diretamente relacionada à gestão de riscos ocupacionais. A nova versão da norma, que foi reestruturada em 2020 e vinha sendo atualizada com frequência, institui o GRO (Gerenciamento de Riscos Ocupacionais) e o PGR (Programa de Gerenciamento de Riscos) como ferramentas obrigatórias.
A proposta principal da nova NR-1 é que empresas deixem de atuar de forma reativa e passem a implementar medidas preventivas baseadas em evidências e avaliações contínuas de riscos.
Adiamento para 2026: Um Alívio ou Uma Armadilha?
O governo federal decidiu adiar a obrigatoriedade da nova NR-1 para janeiro de 2026, devido à complexidade de adaptação, especialmente para micro e pequenas empresas. No entanto, a realidade é que os riscos já existem — e não respeitam cronogramas.
Segundo dados do Observatório de Segurança e Saúde no Trabalho, mais de 612 mil acidentes de trabalho foram registrados no Brasil em 2023. Isso sem contar os inúmeros casos não notificados, especialmente em ambientes onde a gestão de riscos é negligenciada.
Empresas que usam o adiamento como desculpa para postergar adequações podem estar ignorando riscos reais de autuações, acidentes, afastamentos e até ações judiciais.
Os Riscos Que Já Estão Acontecendo
Mesmo antes da entrada em vigor da nova NR-1, o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) já atua com base no GRO e no PGR em muitas fiscalizações. Isso significa que empresas que não apresentarem nenhum tipo de estrutura para prevenção e controle de riscos ocupacionais estão mais vulneráveis.
Entre os principais riscos já identificados por fiscais e especialistas em SST estão:
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Ausência de controle de acesso a áreas perigosas
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Falta de registros adequados da jornada de trabalho
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Falta de monitoramento das pausas e intervalos
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Ausência de treinamentos e registros para equipes terceirizadas
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Ambientes sem sinalização, bloqueio ou barreiras adequadas
Como se Antecipar: Medidas Preventivas Que Podem Ser Adotadas Agora
Você não precisa esperar 2026 para começar. Aqui estão ações concretas que já podem (e devem!) ser implementadas:
1. Mapeamento de Riscos
Avalie todos os setores da empresa, identifique riscos físicos, químicos, biológicos e ergonômicos. Use tecnologias como sensores, câmeras e detectores de presença para ampliar a visibilidade.
2. Controle de Acesso e Circulação
Ambientes restritos devem ser controlados com catracas eletrônicas, portas com leitor biométrico ou facial e sistemas que registram quem entrou, a que horas e por quanto tempo.
3. Registro Digital de Jornada e Intervalos
Garantir pausas, limitar horas extras e registrar as jornadas com precisão é essencial para evitar riscos à saúde e processos. Um sistema de ponto digital, validado pela Portaria 671, é indispensável.
4. Integração de Terceiros e Visitantes
Todos que circulam na empresa, inclusive terceirizados, devem seguir os mesmos protocolos de segurança, com registros completos de acesso e identificação.
5. Treinamentos e Atualizações
Invista em capacitação contínua para seus colaboradores, incluindo o uso correto de EPIs, práticas de ergonomia e segurança comportamental.
O Papel da Tecnologia na Prevenção de Riscos
Soluções tecnológicas, como as oferecidas pela Ponto Tecnologia, permitem implementar um sistema integrado que gerencia ponto, controle de acesso e segurança de forma automatizada e legalmente segura.
Além de reduzir riscos operacionais, essas soluções:
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Otimizam auditorias internas
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Agilizam inspeções do MTE
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Garantem rastreabilidade de incidentes
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Promovem a cultura de prevenção
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Reduzem custos com afastamentos e indenizações
Conclusão
A nova NR-1 pode ter sido adiada, mas os riscos que ela busca mitigar já são realidade nas empresas brasileiras. Ignorar essa transição é colocar a saúde dos colaboradores, a reputação da marca e a sustentabilidade do negócio em jogo.
A boa notícia? Com medidas preventivas, tecnologia adequada e uma gestão comprometida, é possível transformar esse desafio em vantagem competitiva. E você, vai esperar 2026 ou começar agora?