A gestão de ponto para pessoas com deficiência (PCD) no mercado de trabalho vai muito além de cumprir cotas legais. Trata-se de uma responsabilidade social e de um passo essencial rumo a ambientes corporativos mais justos, diversos e produtivos. No contexto da gestão de jornada, a tecnologia pode — e deve — ser aliada estratégica para promover acessibilidade, autonomia e conformidade legal.
Mas como adaptar a gestão de ponto para garantir uma experiência inclusiva e eficiente para todos os colaboradores? Neste artigo, vamos explorar soluções práticas, tecnologias acessíveis e boas práticas de RH que colocam a inclusão no centro da gestão de pessoas.
Por que adaptar o controle de ponto para PCDs?
Segundo dados do IBGE, mais de 18 milhões de brasileiros possuem algum tipo de deficiência. A Lei de Cotas (Lei nº 8.213/91) determina que empresas com mais de 100 funcionários devem reservar de 2% a 5% de suas vagas para pessoas com deficiência ou reabilitados do INSS. No entanto, garantir o acesso à vaga não é suficiente — é preciso assegurar que essas pessoas tenham ferramentas adequadas para desempenhar suas funções com autonomia.
A gestão de ponto, se negligenciada, pode se tornar uma barreira. Mas, com as ferramentas corretas, ela pode ser um instrumento de empoderamento e inclusão real.
Quais os desafios enfrentados por colaboradores com deficiência na marcação de ponto?
Colaboradores PCDs podem enfrentar diferentes tipos de obstáculos, dependendo da deficiência (física, auditiva, visual, intelectual ou múltipla). Veja alguns exemplos:
- Pessoas com deficiência visual podem ter dificuldades para utilizar relógios de ponto com tela sensível ao toque ou interfaces sem feedback sonoro.
- Colaboradores com mobilidade reduzida podem não alcançar os dispositivos fixos ou ter dificuldade para digitar senhas ou usar crachás.
- Surdos ou pessoas com deficiência intelectual podem enfrentar barreiras de comunicação, especialmente em sistemas que não são intuitivos ou acessíveis.
Esses entraves não apenas afetam a experiência do colaborador, mas também expõem a empresa a riscos legais e impactos na produtividade.
Soluções inclusivas em tecnologia de ponto
A boa notícia é que a tecnologia evoluiu para abraçar a diversidade, e hoje já existem soluções de gestão de ponto para PCD adaptadas a diferentes necessidades. Veja algumas:
1. Reconhecimento facial e biometria acessível
Sistemas como o iDFace — disponível nos planos da Ponto Tecnologia — permitem a marcação de ponto por reconhecimento facial sem toque, o que facilita o uso por pessoas com mobilidade reduzida ou com membros superiores amputados.
2. Aplicativos com acessibilidade integrada
Aplicativos móveis com leitura por voz (TTS), compatibilidade com leitores de tela, botões maiores, cores contrastantes e fluxos simples permitem que pessoas com deficiência visual ou intelectual registrem ponto de forma prática e segura.
3. Integração com dispositivos adaptados
É possível integrar sistemas de ponto com leitores em braille, teclados adaptados, sensores de proximidade ou dispositivos de acionamento por voz, de acordo com as necessidades do colaborador.
4. Flexibilidade de jornada e controle remoto
Para colaboradores com dificuldades de deslocamento ou que trabalham remotamente, o registro remoto com geolocalização é uma alternativa eficaz que alia flexibilidade à conformidade com a Portaria 671 do MTE.
Gestão humanizada e acessível: papel do RH na inclusão
A tecnologia é essencial, mas não substitui a sensibilidade e a proatividade do RH na construção de uma jornada acessível. Algumas boas práticas incluem:
- Realizar um mapeamento das necessidades específicas de cada colaborador PCD;
- Incluir a acessibilidade como critério na escolha do sistema de ponto e controle de acesso;
- Promover treinamentos sobre inclusão e diversidade para líderes e gestores;
- Garantir um canal de comunicação acessível para dúvidas e suporte técnico;
- Aplicar políticas de jornada flexível e acompanhamento individualizado da produtividade.
Legislação e compliance: o que diz a lei sobre acessibilidade e controle de ponto?
A Lei Brasileira de Inclusão (Lei nº 13.146/2015) determina que empresas devem adotar medidas de acessibilidade tecnológica, incluindo sistemas de informação e comunicação.
Já a Portaria 671/2021, que regulamenta o controle de ponto, não menciona diretamente as pessoas com deficiência, mas exige que os sistemas respeitem os princípios da dignidade, da privacidade e da autonomia do trabalhador — princípios que dialogam diretamente com a pauta da inclusão.
Ignorar esses aspectos pode gerar não apenas riscos jurídicos e passivos trabalhistas, mas também danos à reputação da empresa.
Case: como a Ponto Tecnologia promove inclusão através da tecnologia
Na Ponto Tecnologia, acreditamos que tecnologia e inclusão caminham juntas. Por isso, nossas soluções de controle de ponto e acesso são pensadas para atender colaboradores de diferentes perfis, incluindo pessoas com deficiência.
Nosso sistema Secullum Ponto Web oferece:
- Aplicativo acessível com marcação remota;
- Múltiplos métodos de registro (biometria, facial, cartão, senha);
- Interface amigável e personalizável para cada perfil de colaborador;
- Suporte humanizado e consultoria para empresas que buscam adaptar seus ambientes.
Acreditamos que inclusão também se faz com sistemas inteligentes, empáticos e flexíveis.
Conclusão: incluir é adaptar — e a tecnologia pode ser o elo
Promover a gestão de ponto para PCD no mercado de trabalho vai além da contratação: é necessário garantir acessibilidade em cada etapa da jornada, e isso inclui a forma como se registra o ponto.
Adotar sistemas inclusivos não é apenas uma ação de responsabilidade social — é uma estratégia de gestão moderna, eficiente e alinhada com os valores humanos. Empresas que se antecipam a essas demandas conquistam não só a conformidade com a lei, mas também a confiança e o engajamento de todos os seus colaboradores.
Na dúvida entre “cumprir a cota” ou construir uma cultura inclusiva real, escolha sempre a segunda opção — e conte com a Ponto Tecnologia para ser sua parceira nesse caminho
