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ação judicial referente a uso de whatsapp fora do horário

Horas Extras no WhatsApp: O Que a Justiça Reconheceu e Como Proteger Sua Empresa

Você sabia que responder mensagens no WhatsApp fora do expediente pode ser considerado hora extra? A recente decisão da Justiça do Trabalho reacendeu o alerta para empresas sobre o uso de canais digitais no ambiente profissional. Um caso ocorrido em Limeira (SP) reconheceu como extras as horas dedicadas por uma funcionária para responder mensagens corporativas, mesmo após o fim da jornada registrada no ponto eletrônico.

Esse cenário não é isolado. Com o uso crescente de aplicativos de mensagens como ferramenta de comunicação empresarial, o risco de ultrapassar os limites legais da jornada de trabalho se intensifica.

👉 Leia a matéria completa em ICL Notícias

O que diz a decisão?

Segundo a matéria do ICL Notícias, a funcionária em questão encerrava o expediente às 15h33, mas continuava interagindo em grupos de trabalho até às 20h40, todos os dias. A Justiça reconheceu que, mesmo após bater o ponto, a colaboradora seguia prestando serviços — o que configura extrapolação da jornada.

Com base nisso, o empregador foi condenado ao pagamento das horas extras, com todos os adicionais legais, além de reflexos em descanso semanal, FGTS, férias e 13º.

Qual o entendimento jurídico sobre isso?

A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) determina que qualquer atividade realizada fora da jornada deve ser remunerada como hora extra, salvo exceções previstas legalmente (como cargos de confiança ou trabalho externo incompatível com controle de jornada — art. 62 da CLT). O detalhe é que:

Responder mensagens corporativas, mesmo em grupos informais de WhatsApp, caracteriza prestação de serviço se houver obrigatoriedade ou expectativa de resposta.

A Súmula 428 do TST ainda reforça que o uso de meios telemáticos para solicitação de tarefas fora do expediente pode configurar sobrejornada, mesmo sem a presença física do colaborador na empresa.

Como isso afeta sua empresa?

Se sua equipe está respondendo mensagens fora do horário sem controle adequado, sua empresa pode estar exposta a riscos trabalhistas. Veja os principais impactos:

  • Processos judiciais e passivos trabalhistas acumulados

  • Multas e indenizações por descumprimento da jornada legal

  • Danos à imagem da empresa por má gestão do trabalho digital

Com dashboards e relatórios inteligentes, você acompanha as horas extras antes que virem um problema.

O que as empresas devem fazer?

1. Revisar políticas de comunicação corporativa

É fundamental estabelecer diretrizes claras para o uso de WhatsApp, Slack, Teams e similares fora do expediente. Recomenda-se:

  • Limitar o envio de mensagens a horários comerciais;

  • Adotar uma política formal que oriente gestores e colaboradores;

  • Criar mecanismos de denúncia para excesso de cobranças fora do horário.

2. Investir em controle de ponto eficiente

Utilize sistemas que possibilitem o controle real da jornada, inclusive para equipes remotas ou com regime híbrido. Plataformas com registro via app, reconhecimento facial e geolocalização ajudam a comprovar horários com precisão e legalidade.

👉 A Ponto Tecnologia oferece soluções que se adaptam a qualquer modelo de trabalho, com total conformidade à Portaria 671, LGPD e normas da CLT.

3. Treinar gestores e lideranças

É comum que a cobrança venha dos cargos mais altos. Por isso, é importante capacitar líderes para respeitar os limites da jornada legal. O bom exemplo vem de cima.

4. Criar cultura de respeito ao tempo livre

Estabelecer limites saudáveis para o tempo de descanso é essencial para a produtividade, engajamento e prevenção de burnout. O uso consciente de ferramentas digitais contribui para um ambiente mais humano e legalmente seguro.

E quando a empresa precisa acionar o colaborador fora do expediente?

Situações emergenciais podem acontecer. Nesses casos:

  • Registre os contatos via sistema;

  • Compense com banco de horas ou remunere como hora extra;

  • Evite a repetição, sob pena de caracterizar habitualidade.

Casos como esse vão aumentar?

Sim. O avanço da Justiça do Trabalho nesse tipo de análise indica que o tempo digital já é parte oficial da jornada de trabalho. Decisões como a de Limeira estão se tornando referência, e a tendência é que mais trabalhadores acionem judicialmente empregadores que ultrapassam os limites legais usando canais digitais.

Segundo levantamento da Smartbreak, 54% dos trabalhadores brasileiros afirmam que continuam conectados ao trabalho após o expediente. Essa prática, além de ilegal, pode causar sobrecarga, queda de desempenho e ações judiciais.

Conclusão

A comunicação digital veio para ficar, mas não deve ignorar os direitos trabalhistas. Empresas que mantêm colaboradores ativos no WhatsApp fora do expediente estão vulneráveis a processos e penalidades. Adotar boas práticas de controle de jornada, treinar equipes e investir em tecnologia são ações indispensáveis para proteger o negócio e promover uma cultura organizacional mais saudável.

Sua empresa já está preparada para o controle da jornada digital? Conheça agora as soluções da Ponto Tecnologia e proteja sua gestão!

A Justiça reconhece a jornada digital. Tenha relatórios auditáveis, biometria e respaldo legal com a Ponto Tecnologia.

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