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Aprendiz é Equiparado a Empregado para Fins de Contribuição Previdenciária: Entenda o Impacto da Decisão do STJ

Nos últimos anos, a legislação trabalhista brasileira tem passado por diversas interpretações e ajustes importantes no âmbito dos tribunais. Um dos julgamentos mais recentes e relevantes veio do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que decidiu equiparar o contrato de aprendizagem ao vínculo de emprego para efeitos de contribuição previdenciária.

A decisão, que tem impacto direto nas rotinas de Recursos Humanos e Departamento Pessoal, reforça a necessidade de as empresas revisarem seus procedimentos de contratação, recolhimento e registro desses profissionais.

Neste artigo, vamos explicar o que mudou, por que essa decisão é relevante, como ela afeta empresas e aprendizes e quais cuidados devem ser tomados para evitar riscos trabalhistas e fiscais.

O que é o contrato de aprendizagem?

O contrato de aprendizagem é uma modalidade especial de trabalho prevista na CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) e na Lei nº 10.097/2000, destinada a jovens entre 14 e 24 anos que estejam matriculados em cursos de formação técnico-profissional.

Entre as características dessa modalidade, destacam-se:

  • Prazo determinado, geralmente de até dois anos;

  • Jornada de trabalho reduzida, que não prejudica a frequência escolar;

  • Registro em carteira;

  • Direitos trabalhistas proporcionais, como férias e 13º salário;

  • Alíquotas diferenciadas para recolhimento de FGTS (2%, em vez dos 8% aplicados ao empregado comum).

O que diz a decisão do STJ

O STJ entendeu que, para fins de contribuição previdenciária, o aprendiz deve ser considerado como empregado. Isso significa que a empresa deve efetuar o recolhimento da contribuição previdenciária patronal da mesma forma que faria para qualquer outro colaborador com vínculo empregatício.

Essa interpretação parte do princípio de que:

  • O aprendiz é segurado obrigatório do INSS;

  • A relação contratual, mesmo sendo especial, envolve prestação de serviços mediante remuneração;

  • As contribuições previdenciárias visam garantir cobertura e proteção social também a esses jovens.

Marcação incorreta de horas trabalhadas compromete o cálculo de contribuições e pode gerar autuações. Tenha um sistema de ponto seguro e preciso para manter tudo em conformidade.

Impactos para as empresas

A decisão tem reflexos imediatos e práticos nas rotinas empresariais. Entre os principais, podemos destacar:

1. Aumento do custo da folha

O recolhimento da contribuição previdenciária patronal sobre a remuneração do aprendiz passa a compor a carga tributária da empresa, impactando o custo de manutenção desse tipo de contrato.

2. Revisão de cálculos e procedimentos

Empresas que não faziam esse recolhimento precisarão:

  • Ajustar a folha de pagamento;

  • Atualizar sistemas de RH e DP;

  • Revisar processos para garantir a conformidade.

3. Risco de autuações

Caso o recolhimento não seja feito corretamente, a empresa pode ser alvo de multas e cobrança retroativa pela Receita Federal, incluindo juros e correção monetária.

Benefícios para o aprendiz

Apesar do impacto financeiro para as empresas, a decisão garante ao aprendiz:

  • Maior segurança previdenciária;

  • Contagem de tempo para aposentadoria;

  • Direito a benefícios do INSS, como auxílio-doença, salário-maternidade e pensão por morte.

Essa equiparação reforça o caráter social do contrato de aprendizagem, oferecendo proteção semelhante à de outros trabalhadores.

Como se preparar para a mudança

Para evitar problemas trabalhistas e fiscais, as empresas devem:

  • Revisar os contratos de aprendizagem vigentes para verificar a adequação à decisão;

  • Atualizar o sistema de gestão de ponto e folha, garantindo que o cálculo previdenciário seja feito corretamente;

  • Treinar as equipes de RH e Departamento Pessoal para aplicação das novas regras;

  • Manter a documentação organizada para eventuais fiscalizações.

O papel da tecnologia no cumprimento da lei

Sistemas modernos de gestão de ponto e folha, como os oferecidos pela Ponto Tecnologia, auxiliam empresas a:

  • Automatizar cálculos de encargos e contribuições;

  • Evitar erros que geram autuações;

  • Integrar dados de jornada, folha e encargos em um único ambiente seguro e em conformidade com a legislação.

Além disso, funcionalidades como alertas automáticos, relatórios de conformidade e integração com eSocial tornam o processo mais ágil e preciso.

Conclusão

A decisão do STJ que equipara o aprendiz ao empregado para fins de contribuição previdenciária reforça a importância de conformidade legal e gestão precisa de contratos especiais.
Embora represente um aumento de custos para as empresas, ela amplia a proteção social dos jovens e garante mais segurança jurídica às relações de trabalho.

Para as empresas, o caminho é claro: ajustar processos, investir em tecnologia e manter a equipe atualizada para garantir que a mudança seja implementada sem riscos ou prejuízos.

Evite inconsistências e garanta conformidade legal com um sistema de ponto moderno, integrado e fácil de usar. Mais controle para o RH e tranquilidade para a empresa.

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