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paciente passando por portal detector de metais antes do exame de ressonância magnética

Detectores de Metais em Salas de Ressonância Magnética — Parte 1: Entenda a Nova Obrigatoriedade

A partir de 2025, estados como Paraná e Goiás já exigem detectores de metais fixos e portáteis em salas de ressonância magnética (RM), e a obrigatoriedade se estenderá a Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Pará em 2026. Entenda como funciona essa tecnologia, o que dizem as normas da Anvisa e da Vigilância Sanitária, e por que estar em conformidade é essencial para a segurança de pacientes e equipes.

Nova Legislação e Vigência Nacional

A Instrução Normativa nº 97/2021 da Anvisa é o documento federal que estabelece as condições operacionais e de segurança para salas de ressonância magnética no Brasil.
Ela define critérios para blindagem, isolamento acústico, controle de acesso e segurança do paciente, incluindo agora a obrigatoriedade do uso de detectores de metais.

Em 2025, a medida já é exigida em estados como Paraná (Resolução SESA nº 1891/2024) e Goiás, e passará a ser obrigatória a partir de janeiro de 2026 em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Pará.
A fiscalização é conduzida pela Vigilância Sanitária estadual, que exige projetos técnicos aprovados, laudos de segurança e relatórios de inspeção periódica.

📄 Fonte: IN nº 97/2021 – Anvisa

Como Funciona o Detector de Metais em Ambientes de Ressonância

A tecnologia do detector de metais — seja fixo (tipo portal) ou portátil (manual) — tem uma função essencial: detectar qualquer objeto metálico ou implante incompatível antes que o paciente entre na sala de exame.

🔹 Funcionamento técnico:

  • Detectores fixos (portais): instalados na entrada das zonas III e IV, criam um campo eletromagnético que reage à presença de metais ferrosos.

  • Detectores portáteis (hand-held): usados por profissionais para varredura específica em áreas do corpo ou objetos duvidosos.

  • Sensores calibrados: identificam desde pequenos metais (como piercings, grampos ou moedas) até implantes médicos metálicos (marcapassos, próteses, clipes cirúrgicos).

  • Alarmes visuais e sonoros: indicam a presença de metais, permitindo que a equipe bloqueie o acesso imediatamente.

🔹 Por que isso é vital?

A ressonância magnética opera com campos magnéticos de alta intensidade, capazes de atrair objetos metálicos e lançá-los com força.
Mesmo um pequeno item metálico pode:

  • Causar lesões graves;

  • Danificar equipamentos avaliados em milhões de reais;

  • Interferir na qualidade das imagens;

  • Colocar em risco a vida de pacientes e profissionais.

A Ponto Tecnologia oferece modelos fixos e portáteis ideais para salas de ressonância magnética — aprovados para uso hospitalar e em conformidade com as normas da Anvisa e Vigilância Sanitária.

Zonas de Segurança e Controle de Acesso

De acordo com a Anvisa, as áreas de uma sala de ressonância são divididas em zonas:

Zona Descrição Exigência de Controle
Zona I Acesso livre ao público. Sem controle.
Zona II Área de triagem e recepção. Revisão inicial de objetos e questionários.
Zona III Área restrita, acesso controlado. Detector de metais obrigatório.
Zona IV Sala de exame (campo magnético ativo). Acesso permitido apenas com verificação total.

O uso de detectores de metais é obrigatório nas zonas III e IV, pois são as de maior risco.
Nelas, nenhum objeto metálico deve ultrapassar os limites físicos da sala, e a triagem deve ser feita antes do paciente chegar ao equipamento.

Como Implantar o Sistema de Detecção na Sua Sala de RM

Para estar em conformidade com as normas, o estabelecimento precisa seguir um processo técnico e documentado:

  1. Planejamento do projeto físico: prever o local dos detectores fixos e o fluxo de entrada de pacientes e profissionais.

  2. Capacitação da equipe: todos os operadores devem ser treinados para usar os detectores e interpretar os sinais corretamente.

  3. Registro de triagem: cada exame deve ter registro de verificação com data, hora e responsável.

  4. Laudos e inspeções periódicas: manter relatórios técnicos atualizados para apresentação à Vigilância Sanitária.

  5. Integração com o sistema de segurança: incluir os detectores no circuito de monitoramento audiovisual da sala.

Consequências da Não Conformidade

O não cumprimento das normas pode gerar interdição imediata da sala de ressonância magnética, além de:

  • Multas aplicadas pela Vigilância Sanitária;

  • Perda de credenciamento em programas de acreditação hospitalar;

  • Risco de responsabilização civil e criminal em caso de acidente com pacientes ou profissionais.

A Comissão de Acreditação em Diagnóstico por Imagem (CBR/PADI) destaca que o uso de detectores de metais é obrigatório, e não apenas uma recomendação — a ausência desse controle é considerada falha grave de segurança operacional.

📄 Fonte: Parecer CBR/PADI – Agosto/2024

Importância de Estar em Conformidade

Além de evitar sanções, o cumprimento da obrigatoriedade dos detectores de metais demonstra responsabilidade técnica e ética.
Hospitais e clínicas que seguem as normas:

  • Garantem segurança máxima ao paciente;

  • Aumentam a credibilidade perante auditorias e convênios;

  • Evitam acidentes com objetos metálicos;

  • E fortalecem sua imagem institucional como referência em segurança radiológica.

Resumo das Normas Aplicáveis

Norma / Documento Conteúdo Principal Aplicação
IN nº 97/2021 – Anvisa Estabelece requisitos técnicos e de segurança para salas de RM. Nacional
Resolução SESA nº 1891/2024 (PR) Detalha exigências estaduais e reforça o uso obrigatório de detectores. Paraná
Diretrizes Goiás e Mato Grosso Alinham requisitos à IN 97 e normas de blindagem e segurança. Regionais
Parecer CBR/PADI 08/2024 Define o uso do detector de metais como obrigatório em todas as salas de RM. Nacional
Vigilância Sanitária Estadual Fiscaliza, exige laudos e autoriza funcionamento. Estadual

Segurança Não é Opcional — É Lei

Os detectores de metais representam um requisito técnico e legal essencial para a operação segura de salas de ressonância magnética.
Mais do que cumprir normas, sua adoção protege vidas, garante a integridade dos equipamentos e assegura a qualidade dos exames.

Com a ampliação da obrigatoriedade em 2026, clínicas e hospitais devem se antecipar, adequando seus projetos, capacitando equipes e mantendo registros em dia.
A segurança no ambiente de ressonância magnética começa antes do exame — e passa, obrigatoriamente, pelo detector de metais.

Evite riscos e autuações. Nossos detectores de metais são projetados para garantir triagem eficiente e atender todas as exigências da Instrução Normativa nº 97/2021.

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